O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, deve deixar o cargo ainda nesta semana – provavelmente entre hoje e amanhã. A saída já está acordada com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e aguarda apenas a publicação da portaria com sua exoneração no Diário Oficial da União. O processo, que veio se desenvolvendo há mais de um mês, de forma bem discreta, foi definido na última semana, quando acabou “vazando” para o mercado.

Diogo Piloni já conversou sobre a saída com seus principais assessores e diretores. E a maior parte da Secretaria de Portos já está ciente da mudança que deve ocorrer. Mas oficialmente, nada é dito sobre essa alteração.

O “gigante” Piloni, como brinca o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, tem feito uma gestão ímpar à frente do setor portuário, conseguindo feitos de destaque, como a profissionalização das autoridades portuárias e o saneamento de suas finanças, a aprovação do programa de incentivos à cabotagem (BR do Mar), a realização de dezenas de licitações de terminais e o início do processo de desestatização dos complexos marítimos, além de ter enfrentado a pandemia no setor, mantendo as operações. Com suas ações, o sistema portuário brasileiro enfim chegou ao século 21.

Substituição

Nos últimos dias, vários nomes foram citados como possíveis substitutos de Piloni. Mas o  mais cotado para o cargo é o ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq, órgão regulador do setor) e atual diretor da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Mário Povia. Na Secretaria de Portos, seu nome é bem recebido, por seu conhecimento do setor e da máquina pública. Em tempo, tanto Piloni como Povia são funcionários de carreira.