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Após 10 anos, Porto do Recife inicia obra de dragagem que vai permitir atracar navios maiores em seus cais

Fonte: UOL (27 de janeiro de 2022)

Draga holandesa Van Oord atracou no Porto do Recife para realizar serviços de dragagem – Foto: Divulgação / UOL


 
Foi preciso esperar uma década e atravessar três governos (Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro) para destravar a obra de deagagem do Porto do Recife. Foram muitas idas e vindas a Brasília, peregrinando por diferentes ministérios, para garantir um recurso de R$ 28,3 milhões (valor longe do aplicado em grandes obras de infraestrutura). Sete meses após o lançamento da licitação, em junho de 2021, a draga holandesa Van Oord atracou no Recife no dia 20 e iniciou os trabalhos no sábado (22). Diferente do tempo que durou para negociar os recursos, a conclusão da dragagem será rápida, com previsão de execução em 40 dias.
 

O objetivo da dragagem é desobstruir os cais, que estão assoreados, para permitir a atracação de navios maiores. Sem a realização da obra nos últimos 10 anos, a Marinha do Brasil foi pouco a pouco limitando o tamanho das embarcações que podem atracar. Hoje o porto só pode receber navios de até 32 mil toneladas e depois da obra terá capacidade para 45 mil toneladas. Uma das vantagens, por exemplo será o aumento das cargas de cevada para atender ao polo cervejeiro de Pernambuco, que vem sendo em parte abastecido pelo Porto de Cabedelo, na Paraíba.

 

A draga Van Oord vai desobstruir os cais do 00 ao 09. Do berço 00 ao 01, será aprofundado para 10 metros de profundidade; do berço 02 ao 06 para 11 metros de profundidade; e do trecho do berço 07 ao 09 para os 8 metros de profundidade. Os trechos mencionados chegarão às profundidades máximas, na maré alta, de 12,70 m, 13,70 m e 10,7 m respectivamente. A expectativa é que sejam retirados 832.200 mil metros cúbicos de sedimentos dragados do cais, canal interno e bacia de evolução.