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Novo recorde garantido para exportação de soja

Fonte: Valor Econômico (08 de dezembro de 2021)

Problemas logísticos nos EUA deram ainda mais competitividade à soja do Brasil — Foto: Jean-Pierre Pingoud/Bloomberg


 
As exportações brasileiras de soja garantiram, de janeiro a novembro, um novo recorde anual. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), no período os embarques somaram 84,2 milhões de toneladas, quase 2 milhões a mais que o total de 2020 – 82,3 milhões de toneladas, nas contas da entidade. A melhor marca até agora era a de 2018 (83,3 milhões de toneladas).
 
 
Após um ritmo dentro do esperado no primeiro semestre, quando a maior parte das exportações brasileiras é escoada, as vendas ganharam fôlego extra a partir de agosto – mês em que, tradicionalmente, o fluxo arrefece com a queda do volume disponível e a entrada da safra americana no mercado. Mas houve problemas logísticos nos Estados Unidos depois da passagem do furacão Ida, e o Brasil foi beneficiado.
 
 

 
 
O fato é que, diante desses problemas, da valorização do dólar frente ao real e da ainda boa disponibilidade após mais uma colheita recorde na safra 2020/21, a soja brasileira ficou mais barata para a China, que lidera as importações mundiais – o Brasil é o maior país exportador.
 
 
Embora os chineses estejam comprando menos soja este ano – segundo a agência Reuters, o país adquiriu 87,6 milhões de toneladas de janeiro a novembro, queda de 5,5% em relação a igual intervalo de 2020 -, é possível notar um aumento de sua demanda pelo grão brasileiro desde agosto, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Também houve avanços das vendas para Espanha, Irã, Bangladesh, Vietnã, entre outros destinos.
 
 
Somente em novembro, os embarques de soja no Brasil somaram 2,22 milhões de toneladas, alta de 188% em relação ao mesmo mês do ano passado (770,3 mil toneladas). Para dezembro, a expectativa da Anec é que as exportações alcancem 2,58 milhões de toneladas, 16 vezes mais que no fim de 2020. Se confirmado esse volume, o Brasil vai exportar um total de 86,7 milhões de toneladas em 2021.
 
 
Segundo a Associação Brasileiras das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), os embarques deverão somar 86 milhões de toneladas, ante 83 milhões em 2020, e render US$ 38,7 bilhões, com aumento de 35%.  Somente em novembro, os embarques de soja no Brasil somaram 2,22 milhões de toneladas, alta de 188% em relação ao mesmo mês do ano passado (770,3 mil toneladas). Para dezembro, a expectativa da Anec é que as exportações alcancem 2,58 milhões de toneladas, 16 vezes mais que no fim de 2020. Se confirmado esse volume, o Brasil vai exportar um total de 86,7 milhões de toneladas em 2021.
 
 
Enquanto a soja vai bem, o milho segue na contramão, confirmando as perspectivas de mercado após a quebra das duas principais safras do país este ano. Conforme a Anec, os envios do cereal do país ao exterior até novembro somaram 17,3 milhões de toneladas, 41,6% menos que no mesmo período de 2020.
 
 
Desde que os sinais de quebra na safrinha ficaram evidentes, o mercado já projetava uma redução de 40% nas exportações de milho, por conta das necessidades dos frigoríficos no país, que pagaram mais pelo cereal básicos nas rações de aves e suínos.