Defesa Civil prevê chuvas dentro da média no verão, mas não descarta o risco de deslizamentos e enchentes na Baixada Santista, SP
Fonte: g1.com (30 de novembro de 2021)
A Defesa Civil do Estado de São Paulo prevê chuvas dentro da média de 850 mm durante o verão na Baixada Santista, região do litoral de São Paulo. O índice, segundo o órgão, é preocupante, pois é considerado um alto volume de chuva. Além disso, a Defesa Civil não descarta o risco de deslizamentos de terras e enchentes.
Ao g1, a Defesa Civil estadual informou que inicia a partir desta quarta-feira (1º) a Operação Chuvas de Verão, onde são operacionalizados os Planos Preventivos de Defesa Civil (PPDCs) específicos para escorregamentos e inundações, visando à otimização dos recursos humanos e materiais disponíveis e a antecipação das situações de risco típico de período chuvoso para preservação de vidas. A operação vai até 31 de março de 2022.
Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil de Santos e coordenador regional adjunto da Defesa Civil Estadual na Baixada Santista, Daniel Onias, o órgão estadual apontou que o verão vai ter uma influência do fenômeno La Niña. “Significa muita chuva no nordeste e no norte, mas a nossa região sudeste é intermediária”.
Ele explicou ao g1 que a atenção ficará voltada às chuvas contínuas por causa da saturação do solo em regiões de risco. “A preocupação é a irregularidade da chuva. Se ela vier dentro da média, mas de forma regular, chovendo um pouquinho a cada dia não tem problema”.
Segundo ele, o que preocupa é a irregularidade. “Às vezes, fica uma semana ou 10 dias sem chover e aí, depois, começa uma chuva contínua, vai saturando o solo, aí ela vem mais intensa. são esses os períodos mais críticos”.
Os locais mais perigosos na Baixada Santista e em atenção pelo risco de deslizamentos são as áreas de encostas em morros. “Sei que os municípios que mais têm essas condições são Santos, Cubatão, Guarujá e São Vicente. Outros também têm um pouco, mas eles sofrem mais com outras consequências das chuvas, como as inundações, por exemplo”.
Questionado, Onias afirmou que há um mapeamento das áreas que são classificadas desde risco baixo até o muito alto, sendo os que mais demandam atenção os níveis alto e muito alto. “Temos aproximadamente 4 mil moradias em Santos nos níveis alto e muito alto, mas se somar todos os níveis chega a aproximadamente 11 mil moradias só nos morros”.
A recomendação é que os moradores se cadastrem para receber os alertas da Defesa Civil por SMS. Basta enviar a mensagem de texto com o CEP para o número 40199. O serviço é gratuito e emite alertas meteorológicos.
“A gente recomenda também que os moradores fiquem atentos aos sinais de escorregamentos, trincas, rachaduras, e que não façam ampliação de obras, corte de vegetação durante períodos chuvosos”, orientou o coordenador.
Ao g1, a Defesa Civil estadual informou que inicia a partir desta quarta-feira (1º) a Operação Chuvas de Verão, onde são operacionalizados os Planos Preventivos de Defesa Civil (PPDCs) específicos para escorregamentos e inundações, visando à otimização dos recursos humanos e materiais disponíveis e a antecipação das situações de risco típico de período chuvoso para preservação de vidas. A operação vai até 31 de março de 2022.
Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil de Santos e coordenador regional adjunto da Defesa Civil Estadual na Baixada Santista, Daniel Onias, o órgão estadual apontou que o verão vai ter uma influência do fenômeno La Niña. “Significa muita chuva no nordeste e no norte, mas a nossa região sudeste é intermediária”.
Ele explicou ao g1 que a atenção ficará voltada às chuvas contínuas por causa da saturação do solo em regiões de risco. “A preocupação é a irregularidade da chuva. Se ela vier dentro da média, mas de forma regular, chovendo um pouquinho a cada dia não tem problema”.
Segundo ele, o que preocupa é a irregularidade. “Às vezes, fica uma semana ou 10 dias sem chover e aí, depois, começa uma chuva contínua, vai saturando o solo, aí ela vem mais intensa. são esses os períodos mais críticos”.
Os locais mais perigosos na Baixada Santista e em atenção pelo risco de deslizamentos são as áreas de encostas em morros. “Sei que os municípios que mais têm essas condições são Santos, Cubatão, Guarujá e São Vicente. Outros também têm um pouco, mas eles sofrem mais com outras consequências das chuvas, como as inundações, por exemplo”.
Questionado, Onias afirmou que há um mapeamento das áreas que são classificadas desde risco baixo até o muito alto, sendo os que mais demandam atenção os níveis alto e muito alto. “Temos aproximadamente 4 mil moradias em Santos nos níveis alto e muito alto, mas se somar todos os níveis chega a aproximadamente 11 mil moradias só nos morros”.
A recomendação é que os moradores se cadastrem para receber os alertas da Defesa Civil por SMS. Basta enviar a mensagem de texto com o CEP para o número 40199. O serviço é gratuito e emite alertas meteorológicos.
“A gente recomenda também que os moradores fiquem atentos aos sinais de escorregamentos, trincas, rachaduras, e que não façam ampliação de obras, corte de vegetação durante períodos chuvosos”, orientou o coordenador.
Período chuvoso
O meteorologista da Defesa Civil de Santos, Franco Cassol, disse ao g1 que o verão é uma época do ano que requer atenção. “É considerada uma época chuvosa, entre dezembro e março, não só aqui na Baixada Santista, mas em boa parte do Estado. Nesses três meses chove em cada mês uma média de quase 300 mm, então se somar tudo dá mais de 850 mm. É um índice alto mesmo, por isso a gente tem um histórico de ocorrências relacionadas a chuvas fortes, alagamentos e deslizamentos”.
Segundo o meteorologista, a influência do fenômeno La Niña climatologicamente não significa chuvas acima da média para nossa região. “Na verdade, até desfavorece um pouco as chuvas na região sul do Brasil e isso acaba afetando um pouco a nossa região, que é bastante influenciada por esses sistemas”.
Ainda de acordo com Cassol, a previsão da Defesa Civil estadual indica, ainda, que as temperaturas não devem ser tão rigorosas durante o verão. “Deve ser mais quente do que o normal no interior do Estado, mas aqui no litoral não. Tende a ser um pouco menos quente que o normal”.
O meteorologista da Defesa Civil de Santos, Franco Cassol, disse ao g1 que o verão é uma época do ano que requer atenção. “É considerada uma época chuvosa, entre dezembro e março, não só aqui na Baixada Santista, mas em boa parte do Estado. Nesses três meses chove em cada mês uma média de quase 300 mm, então se somar tudo dá mais de 850 mm. É um índice alto mesmo, por isso a gente tem um histórico de ocorrências relacionadas a chuvas fortes, alagamentos e deslizamentos”.
Segundo o meteorologista, a influência do fenômeno La Niña climatologicamente não significa chuvas acima da média para nossa região. “Na verdade, até desfavorece um pouco as chuvas na região sul do Brasil e isso acaba afetando um pouco a nossa região, que é bastante influenciada por esses sistemas”.
Ainda de acordo com Cassol, a previsão da Defesa Civil estadual indica, ainda, que as temperaturas não devem ser tão rigorosas durante o verão. “Deve ser mais quente do que o normal no interior do Estado, mas aqui no litoral não. Tende a ser um pouco menos quente que o normal”.
Situação na região
Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que o município conta com 15 pluviômetros automáticos, uma plataforma de coleta de dados geotécnicos, que medem a umidade do solo, e um sensor de raios. Segundo o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), existem aproximadamente 4 mil moradias em áreas de risco em Guarujá.
A Prefeitura de São Vicente informou que mantém os monitoramentos dos morros do município e que em outubro foi realizada uma oficina para a Operação Chuvas de Verão, com aulas teóricas e práticas, com o objetivo de instruir as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil. Na cidade, há cerca de 800 famílias que vivem em áreas de risco de alagamento e solapamento, além das famílias que vivem em casas de palafitas sobre o Mar Pequeno no México 70, na Vila Margarida.
O g1 entrou em contato com as prefeituras de Cubatão, Guarujá e São Vicente, mencionadas pelo coordenador da Defesa Civil de Santos como áreas com mais condições de deslizamentos, mas Cubatão não deu um retorno até a publicação desta reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que o município conta com 15 pluviômetros automáticos, uma plataforma de coleta de dados geotécnicos, que medem a umidade do solo, e um sensor de raios. Segundo o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), existem aproximadamente 4 mil moradias em áreas de risco em Guarujá.
A Prefeitura de São Vicente informou que mantém os monitoramentos dos morros do município e que em outubro foi realizada uma oficina para a Operação Chuvas de Verão, com aulas teóricas e práticas, com o objetivo de instruir as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil. Na cidade, há cerca de 800 famílias que vivem em áreas de risco de alagamento e solapamento, além das famílias que vivem em casas de palafitas sobre o Mar Pequeno no México 70, na Vila Margarida.
O g1 entrou em contato com as prefeituras de Cubatão, Guarujá e São Vicente, mencionadas pelo coordenador da Defesa Civil de Santos como áreas com mais condições de deslizamentos, mas Cubatão não deu um retorno até a publicação desta reportagem.