Ministro da infraestrutura apresenta balanço e traça perspectivas para 2022 em encontro na FIESP
Fonte: FIESP (23 de novembro de 2021)
Para encerrar os trabalhos do ano, o Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra) da Fiesp, na reunião desta sexta sexta-feira (19/11), recebeu o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que apresentou o balanço das ações dos anos de 2019-2021 e o planejamento para 2022.
Com abertura de Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, os conselheiros foram parabenizados pelo trabalho na construção de soluções e propostas para a indústria e o país: “Agradeço a presença do ministro da Infraestrutura e desejo sucesso a todos os conselheiros”, disse. Já Marcos Marinho Lutz, à frente do Coinfra, destacou o engajamento dos presentes na luta pela infraestrutura do país. “Todos têm interesses relevantes no setor e esperam progresso para o próximo ano”, enfatizou.
O ministro frisou o desafio de fazer o país crescer, de modo sustentável e combatendo a negatividade que ronda o Brasil. “Precisamos enfrentar o excesso de regressividade dos tributos, a questão da infraestrutura, do crédito, para seguirmos otimistas e acreditar que o Brasil avançará”, afirmou.
De acordo com Freitas, estamos em uma era na qual reformas foram elaboradas, e citou a nova Lei de Falências (n. 14.112/2020), o Marco do Saneamento Básico, (Lei n. 14.026/2020), a nova Lei das Agências Reguladoras (Lei n. 13.848/2019) e a autonomia do Banco Central (Lei Complementar n. 179/2021), por exemplo.
“Houve um ímpeto reformista não visto nos últimos anos, quando várias reformas foram aprovadas”, pontuou Freitas. Para o ministro, o câmbio no Brasil está mal precificado, apesar dos resultados de exportação do ponto de vista do agronegócio e da mineração. Quando se analisa os termos de troca versus taxa de câmbio, há um descasamento, também ocorrido em outros países importadores de commodities, uma percepção de risco fiscal.
Em sua análise, a situação fiscal do país melhorou. “O Brasil arrecadou R$ 300 bilhões a mais este ano e, entre os diversos fatores que levaram a esse resultado, lembrou que houve uma migração do comércio formal para o eletrônico. O país sai de um déficit primário, nos nove primeiros meses do ano passado, de R$ 630 bilhões para um superávit de R$ 14 bilhões, em comparação com o mesmo período deste ano.
Freitas opina que temos uma situação fiscal sob controle e um endividamento que está caindo, o que, para Freitas, é importante comunicar a fim de dirimir parte do ruído negativo sobre o país, em um cenário no qual há dois tipos de investidores, os que não conhecem o Brasil e ficam temerosos, e os que o conhecem e enxergam um destino promissor e estão conectados com os projetos de infraestrutura.