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Importações crescem 65,1% e balança comercial tem déficit de US$ 1,06 bilhão em três semanas de novembro

Fonte: Comex do Brasil (23 de novembro de 2021)

Brasília – Uma forte alta de 65,1% nas importações e um crescimento de 31,2% nas exportações levaram a balança comercial brasileira a registrar um déficit de US$ 1,06 bilhão em três semanas do mês de outubro. No acumulado do ano, apurou-se um superávit de US$ 57,44 bilhões e a corrente de comércio (exportação+importação) totalizou cifra recorde de US$ 441,48 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (22) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
 
De acordo com os dados, as exportações em 2021 já somam US$ 249,46 bilhões, com aumento de 35,5%, enquanto as importações subiram 39,1% e totalizam US$ 192,02 bilhões.
 
No acumulado do mês, as exportações cresceram 31,2% e somaram US$ 13,66 bilhões, enquanto as importações subiram 65,1% e totalizaram US$ 14,72 bilhões. Dessa forma, a balança comercial registrou déficit de US$ 1,06 bilhão, e a corrente de comércio alcançou US$ 28,38 bilhões, subindo 46,9%.
 
Apenas na terceira semana de novembro, as exportações somaram US$ 4,112 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 4,931 bilhões, resultando em um déficit de US$ 819 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 9,043 bilhões.
 

Veja os principais resultados da balança

 
Exportações no mês    
Nas exportações, comparadas a média diária até a terceira semana deste mês (US$ 1,138 bilhão) com a de novembro de 2020 (US$ 867,25 milhões), houve crescimento de 31,2%, com aumento nas vendas da Indústria Extrativista (+13,2%), da Indústria de Transformação (+38,1%) e da Agropecuária (+34,5%).
 
Na Indústria Extrativista, os destaques foram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+43,5%); minérios de alumínio e seus concentrados (+174,1%); pedra, areia e cascalho (+244,6%) e outros minerais em bruto (+29,1%).
 
Já na Indústria de Transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+230,3%); carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+58,3%); açúcares e melaços (+27,9%); gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (+962,9%) e instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (+165,7%).
 
Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações refletiu, principalmente, o crescimento nas vendas de soja (+211,6%); café não torrado (+12,1%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (+30,4%); especiarias (+118,7%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (+33,9%).
 
Importações no mês  
Nas importações, a média diária até a terceira semana de novembro de 2021 (US$ 1,226 bilhão) ficou 65,1% acima da média de novembro do ano passado (US$ 742,83 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras da Indústria de Transformação (+53,3%), da Agropecuária (+77,5%) e, também, de produtos da Indústria Extrativista (+282,1%).
 
Na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+171,4%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+212,2%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+162,5%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+69,4%) e motores e máquinas não elétricos, e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (+136,4%).
 
Na Agropecuária, a alta ocorreu, principalmente, pela compra de milho não moído, exceto milho doce (+443,4%); trigo e centeio, não moídos (+120,7%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+143,6%); cevada, não moída (+395%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+58,9%).
 
Por fim, na Indústria Extrativista a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de gás natural, liquefeito ou não (+962%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+290,9%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+159,2%); outros minérios e concentrados dos metais de base (+82%) e outros minerais em bruto (+59,8%).
 
(*) Com informações da Secex/Ministério da Economia