Ele criticou também um eventual aproveitamento de algumas empresas da crise desencadeada pela pandemia no transporte marítimo para maximização de lucros e prometeu pressão da bancada sobre os armadores. “Alguns se concentraram em rotas de alta rentabilidade buscando ter maiores vantagens. Queremos passar a limpo. Não estamos assistindo passivamente a isso e vamos subir o tom, exigindo definições quanto à rota, disponibilidade de navios e de contêineres para exportação”, argumentou.
Jardim reiterou que já são observados impactos no setor em virtude do aperto na oferta de contêineres e atrasos nos embarques. “Nós temos vários casos de produtos que estavam prontos para serem embarcados e que tiveram dificuldades de serem acondicionados em contêineres.
Não há números suficientes. Outros estavam acondicionados e a viagem do navio foi cancelada. Nestes casos, o frete contratado foi revogado”, afirmou o deputado. Ele destacou que há também prejuízos na internalização de insumos agropecuários.
A FPA, junto com os setores exportadores e com o Instituto Pensar Agro, está elaborando um estudo sobre os impactos dessa conjuntura no agronegócio brasileiro. “Isso está penalizando especialmente os setores de açúcar, café e cargas gerais.
O setor de proteína animal também sentiu (os efeitos), mas está um pouco salvo por conta de prioridade que foi estabelecida”, disse o deputado.
Segundo o parlamentar, estão sendo contabilizados as frustrações de embarques, ou seja, perdas com receitas de volumes que deixaram de ser exportados. “Está dando um resultado surpreendente, muito ruim”, disse. A FPA informou que não há previsão de conclusão do estudo.