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CMPC produziu recorde de 1,87 milhão de toneladas de celulose em 2020

Fonte: Valor Econômico (22 de janeiro de 2021)

— Foto: Reprodução


 
O diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger, afirmou nesta quinta-feira que a empresa produziu o volume recorde de 1,87 milhão de toneladas de celulose em 2020. A produção de papel chegou a 52,6 mil toneladas, também um recorde. A companhia apresenta hoje o balanço de 2020 da operação brasileira.
 
Harger contou que, no ano passado, a CMPC teve recorde de transporte de 2,6 milhões de toneladas — 1,7 milhão de toneladas de celulose e 900 mil toneladas de madeira.
 
Em entrevista coletiva, Harger contou que a parada para manutenção da fábrica em Guaíba (RS) foi desafiadora devido à pandemia de covid-19. “Fizemos todos os testes de covid-19 das pessoas, na origem e no final do processo”, disse o presidente.
 
A parada para manutenção da fábrica custou R$ 51,7 milhões à empresa, 30% a mais do que seria investido em uma operação tradicional. Os gastos excedentes se deveram aos investimentos adicionais decorrentes da pandemia.
 
Os investimentos da CMPC em sustentabilidade superaram R$ 20 milhões, de acordo com o executivo. Entre as ações está a doação de 4,5 milhões de máscaras e o financiamento a 40 novos leitos em um hospital de Guaíba.
 
Perspectivas
A CMPC espera crescimento marginal da produção de celulose em 2021, segundo o presidente.
 
“O recorde do ano passado passa pelo cuidado que tivemos com os nossos colaboradores e o comprometimento que isso gerou. Temos feito trabalho com nossos líderes e colaboradores que é revertido em produtividade”, disse Harger.
 
A CMPC bateu recordes mensais de produção em julho e agosto de 2020. A empresa prevê duas paradas de manutenção para 2021, assim como ocorreu no ano passado.
 
Segundo Harger, a CMPC prevê R$ 11,5 milhões de investimento social em 2021.
 
Demanda “robusta”
O presidente da CMPC afirmou que a demanda por celulose continua robusta e deve crescer no mesmo ritmo ou acima da economia global, assim que ocorrer essa retomada.
 
De acordo com o executivo, a demanda global por celulose retrocedeu dois anos em 2020.
 
Questionado sobre preços de celulose, Harger respondeu que não pode fazer projeções porque a CMPC tem ações negociadas no mercado chileno.
 
Papel
A CMPC espera aumento marginal também para a produção de papel, em 2021, assim como projeta para a celulose neste ano.
 
A capacidade produtiva nominal da fábrica de Guaíba é de 1,5 milhão de toneladas por ano, considerando-se duas paradas para manutenção a cada 15 meses. Se houver só uma parada no ano, a capacidade efetiva pode ser maior, como ocorreu em 2020.
 
Segundo Harger, há estudos para “desengargalar” a unidade, mas não há ainda definições quanto ao potencial de expansão nem sobre o momento para investimento. “Somos entusiastas de que a unidade de Guaíba tem capacidade de receber mais investimentos”, disse.