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Embarques superaram US$ 100 bi em 2020

Fonte: Valor Econômico (13 de janeiro de 2021)


 
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, mesmo com uma queda de 3,8% em dezembro, para US$ 7,3 bilhões, as vendas de produtos do setor ao exterior renderam US$ 100,8 bilhões no ano passado, 4,1% mais que em 2019 e segunda melhor marca da história, atrás apenas de 2018.
 
As importações do agronegócio recuaram 5,2% na mesma comparação e, assim, o superávit setorial aumentou 5,7%, para US$ 87,8 bilhões. Com isso, o campo garantiu mais uma vez o saldo positivo da balança comercial brasileira como um todo em 2020 (US$ 51 bilhões).
 
Com embarques acelerados principalmente no primeiro semestre, o chamado “complexo” soja (grão, farelo e óleo) garantiu US$ 35,2 bilhões em divisas para o país no ano passado, um aumento de 8% em relação a 2019.
 
Segundo o ministério, as vendas de soja em grão representaram 81,1% desse valor, ou US$ 28,6 bilhões, abaixo apenas do resultado de 2018 (US$ 33,1 bilhões). O volume embarcado chegou a 83 milhões de toneladas.
 
A China continuou a ser, de longe, o principal destino das vendas de soja em grão do Brasil no exterior. O país asiático absorveu 73,2% das exportações brasileiras em 2020, ou US$ 20,9 bilhões, 2,2% mais que no ano anterior.
 
As carnes (bovina, de frango e suína) permaneceram em segundo lugar na lista de produtos mais exportados pelo agro do Brasil. Foram US$ 17,2 bilhões no total no passado, com incremento de 2,8% na comparação com 2019.
 
E foi a China, mais uma vez, que sustentou o aumento. O país foi o destino de 54,2% dos embarques de carne bovina in natura (a receita, de US$ 7,5 bilhões, foi recorde), amenizou a queda das vendas de carne de frango (que foi de 14,1%, para US$ 6 bilhões) com compras adicionais de US$ 31 milhões e puxou os embarques de carne suína in natura, que chegaram a US$ 2,1 bilhões, melhor resultado da história.
 
Também no mercado de açúcar bruto os chineses fizeram a diferença. As exportações brasileiras do produto atingiram US$ 7,4 bilhões, também um recorde, e a China ficou com US$ 1,3 bilhão do total.
 
Com tamanho peso nesses três mercados, o país asiático foi o destino de 33,7% das exportações do agronegócio brasileiro no ano passado (US$ 34 bilhões). Em 2019, a participação foi de 32% (US$ 31 bilhões).
 
Entre os produtos mais exportados pelo setor também houve aumentos expressivos no café (7%, para US$ 5,5 bilhões) e nas fibras (o grupo inclui algodão) e têxteis (15,6%, para US$ 3,5 bilhões). Recuaram, em contrapartida, as receitas dos embarques de produtos florestais (11,7%, para US$ 11,4 bilhões) e cereais (o grupo inclui milho), farinhas e preparações (13,8%, para US$ 6,9 bilhões).