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Rio descarta lockdown, suspende aulas e abre shoppings 24h/dia para evitar aglomeração

Fonte: Valor Investe (07 de dezembro de 2020)

— Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo


 
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), e o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (Republicanos), se reuniram hoje pela manhã e anunciaram que o combate à pandemia — que teve aumento nos números de casos nas últimas semanas — se dará por meio do aumento do número de leitos em hospitais públicos e fiscalização do protocolo sanitário. Por ora, eles descartam qualquer retrocesso na flexibilização do isolamento social ou fechamento de comércio e serviços.
 
Crivella e Castro anunciaram que os shopping centers do Rio terão autorização para funcionar 24 horas por dia daqui para frente, a fim de “evitar pressa” nas compras e aglomerações com o aumento do fluxo de consumidores perto das festas de fim de ano.
 
Segundo Castro, esse regime de funcionamento pode perdurar depois das festas, até o fim da pandemia. Eles não detalharam, no entanto, como o fluxo de pessoas será controlado, e se será, pelos centros comerciais para evitar concentração de pessoas no mesmo horário.
 
O prefeito informou, ainda, que, por recomendação do Ministério Público Estadual (MP-RJ), vai suspender as aulas nas escolas públicas da capital.
No dia 31, véspera do Ano Novo, o metrô da cidade funcionará apenas até as 20h.
 
Castro informou que, em todo o Estado, a reação ao aumento dos casos de covid-19 será combatido primordialmente com aumento do número de leitos em hospitais públicos, maior transparência dos dados, fiscalização do protocolo sanitário e conscientização da população por meio de campanha publicitária.
 
“Estamos trabalhando em quatro pilares: maior transparência dos dados; abertura de leitos; fiscalização, que já começou no final de semana passado; e conscientização da população com campanha publicitária e apelo à cadeia produtiva”, disse Castro.
 
O governador em exercício informou que serão abertos 386 novos leitos, sendo 314 de UTI. Ele reconheceu que errou ao minimizar o problema das filas por leitos no Estado, mas disse que há espaço para abertura de vagas na rede do sistema estadual e municipal.
 
“A pandemia não foi embora, vivemos um ano de prejuízos incalculáveis. Precisamos que a cadeia produtiva, os shoppings, mercados, restaurantes e transportes, para que não haja retrocesso, promovam o distanciamento, o uso da máscara, álcool gel e sanitização”, continuou.
 
Com relação à vacinação, Castro prometeu que o Estado não ficará pra trás e que, em caso de atraso nas políticas do governo federal, comprará suas próprias vacinas.
 
Em sua fala, Crivella atribuiu a alta de casos ao processo eleitoral, que teria gerado aglomerações pela capital e o restante do Estado. Um agravante, disse, teria sido amida massiva de fluminenses às praias em finais de semana.