Diretor da ANTAQ participa da Centro-Oeste Export

O diretor da ANTAQ, Francisval Mendes, participou, na segunda-feira (9), em Rondonópolis (MT), do Centro-Oeste Export. Durante o seu discurso, Mendes destacou “que a Região Centro-Oeste sofre mais impactos negativos relacionados à ineficiência da logística que as regiões Sul e Sudeste, o que agrega custos e aumenta o preço final de seus produtos”.
“Se temos deficiências no escoamento das safras, a boa notícia é que os portos brasileiros saíram dessa triste realidade. No passado, eram considerados grandes gargalos e hoje batem recordes de movimentação, graças à oferta de mais e mais portos, seja em áreas em portos públicos, seja pelos terminais portuários privados, e destaco que nos últimos anos houve forte incremento de produtividade, gerando eficiência”, destacou o diretor.
Em sua fala, Mendes lembrou a importância dos portos do chamado Arco Norte (Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão) para melhorar a competitividade do agronegócio brasileiro. “O escoamento da safra de grãos em portos do Arco Norte vem, ano a ano, assumindo maior importância no escoamento da produção do Centro-Oeste. Segundo os dados estatísticos da ANTAQ, que é referência internacional em coleta e disponibilização de dados do setor aquaviário, em 2020 – 33% da soja e do milho do Brasil foram para o mercado externo por esses portos, mostrando um crescimento de 21% em relação a 2019”, informou o diretor da ANTAQ, destacando o escoamento da produção a partir das pequenas instalações de apoio ao transporte aquaviário localizadas fora da poligonal de portos organizados, como a de Ladário, no Mato Grosso do Sul.
Mendes ressaltou também que a ANTAQ tem seu foco em proporcionar maior oferta de terminais portuários, sejam públicos ou privados, de forma a acolher toda a crescente produção brasileira, que bate recordes, como se vê na produção brasileira de grãos, estimada em 257,8 milhões de toneladas pela Conab para a safra 2019/2020, 108,6 milhões superior ao período 2009/2010, quando registrou 149,2 milhões de toneladas.
Navegação Interior
Sobre a navegação interior, Mendes afirmou “que ainda é lamentável observar que o modal hidroviário é pouco aproveitado e, se bem desenvolvido, poderia, pela capacidade mais elevada, resultar em diminuição de custos. Seus principais diferenciais são: menor custo por quilômetro, menor nível de emissões, menor consumo de combustível, menor número de acidentes e demanda embarcações mais simples e de baixa complexidade. O Brasil aproveita mal seu potencial hidroviário”.
Estimativas da ANTAQ apontam que, de janeiro a agosto de 2020, foram transportados pelas hidrovias brasileiras cerca de 27 milhões de toneladas de cargas, enquanto o potencial identificado é pelo menos quatro vezes maior.
“A Agência voltou sua atenção ao modal, e nesse sentido vem desenvolvendo estudos para o estabelecimento de hidrovias na região, de modo que os portos do Arco Norte sejam o destino do agronegócio do Centro-Oeste, com forte redução dos custos e, consequentemente, maior competitividade no mercado mundial.”
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