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Lixos da China, Índia e Alemanha viram preocupação nas praias da Baixada Santista

Fonte: A Tribuna (25 de setembro de 2020)

Foram encontradas várias garrafas de plástico e uma de vidro (Foto: Divulgação/ONG Ecomov)


 
Desde o começo do mês, embalagens internacionais de diversos países, dentre eles Índia, Alemanha e China, foram encontradas por biólogos da ONG Ecologia em Movimento (Ecomov) entre a lha do Guaraú e a praia do Costão, em Peruíbe, no litoral de São Paulo e na praia do Centro e Jardim Praia Grande, em Mongaguá. As últimas embalagens foram encontradas nesta quarta-feira (24).
 
Desde o ano passado, a ONG Ecomov tem encontrado esse tipo de material pelas praias da região. Segundo o presidente da ONG Rodrigo Azambuja, a suspeita é de que as embalagens tenham sido descartadas por navios que passaram pelo Porto de Santos. Ainda segundo Rodrigo, já foram encontradas embalagens de quase todos os continentes, só faltando dos países da Oceania.
 
Alessandro Henrique Amaro é voluntário da ONG e foi ele que encontrou as embalagens na praia do centro de Mongaguá e o achado foi inédito na cidade. As embalagens encontradas pareciam ter vindo da China.
 
Amilton Pedroso de Aguiar foi o biólogo que encontrou as embalagens em Peruíbe. Ele conta que foi até a região para ajudar na limpeza rotineira, mas acabou se surpreendendo quando encontrou esses objetos pela região. “Não é a primeira vez que eu encontro esse tipo de lixo. Fiquei abismado pois, geralmente, aparecem nas praias apenas”, diz.
 
A situação preocupa os ambientalistas, já que essas embalagens podem fazer mal tanto para as pessoas quanto para os animais que vivem na região. Azambuja conta ainda que, dessa vez, as garrafas de Peruíbe pareciam ser todas de água, mas também já chegaram a encontrar embalagens de materiais cancerígenos, o que preocupou ainda mais a ONG.
 
Ainda de acordo com o presidente da Ecomov, o último balanço realizado pela ONG mostra que, de todos esses materiais encontrados, 27% das embalagens tem origem chinesa, 57% são de alimentos, 34% de produtos químicos e 9% de produtos indefinidos.
 
Investigação
Após a descoberta e aumento das embalagens internacionais nas praias da região, o material tem sido recolhido e analisado pela ONG Ecomov. Além disso, uma petição foi entregue para o Ministério Público, a fim de buscar soluções para o problema e medir o impacto ambiental da situação, segundo Rodrigo Azambuja.