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Copersucar: Logística ferroviária e dutoviária reduz emissões de carbono

Fonte: Copersucar (18 de setembro de 2020)

Abastecer os mercados interno e externo com açúcar e etanol exige uma complexa infraestrutura logística da Copersucar, que envolve terminais multimodais integrados por caminhões, trens e dutos. Os resultados da Safra 19-20 e do Relatório de Sustentabilidade 2018-2020 apontam redução de emissões de CO2 com a opção da companhia em otimizar a logística dos modais ferroviário e dutoviário, em detrimento do transporte rodoviário.
 
Segundo o analista de Sustentabilidade, Rafael Moura, não se pode comparar as safras, mas as razões, pois os volumes transportados foram diferentes. Contudo, houve um notável ganho ambiental. “Tivemos uma redução aproximada de 11,3% nas emissões de CO2 devido à opção da Copersucar em utilizar mais o modal ferroviário. O volume movimentado por ferrovia passou de 56,5% na safra 18-19 para 68,2%, na de 19-20”, afirma. O aumento da parcela da logística ferroviária é uma das principais metas da companhia.
 
Em números redondos, foram transportadas 4,371 milhões de toneladas de açúcar na safra 18-19, das quais 1,570 milhão por rodovia e 2,781 milhões por trilhos. Nessa movimentação, a Copersucar emitiu 37.267 toneladas de CO2 equivalente, o que representa 8,56 kg de carbono por tonelada.
 
Já na safra 19-20, foram 3,538 milhões de toneladas, sendo 1,228 milhão por caminhões e 2,309 milhões por trens. A emissão total foi 26.880 toneladas de CO2 equivalente, ou 7,60 kg de carbono por tonelada.
 
Para calcular as emissões, a Copersucar utiliza a ferramenta de cálculo GHG Protocol, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Contudo, ela não permite mensurar as emissões por duto. “Apesar dessa limitação, o transporte por duto tira caminhões e motoristas da estrada e da operação interna. Isso traz ganhos em custo, segurança e sustentabilidade”, diz o gerente de Operações da Opla, Carlos Alberto Xavier.
 
Joint-venture entre a Copersucar e a BP, a Opla administra o Terminal de Combustíveis de Paulínia, no interior de São Paulo, que está interligado ao sistema de dutos da Logum. Na safra 19-20, a recepção dutoviária foi de 248 milhões de litros de etanol, em números macros.
 
Para a safra 20-21, o terminal será interligado por dutos ao sistema ferroviário da Rumo. O projeto depende apenas da autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para começar a operar, o que está previsto para outubro. A expectativa com a integração ferrovia-duto é agregar 20 milhões de litros à recepção mensal de etanol, ou 240 milhões ao ano. Isso significa 450 caminhões a menos por mês transitando na recepção, ou 5.300 por ano. Um número bastante expressivo.
 
Mais espaço para modal ferroviário
“Priorizamos a ferrovia e temos procurado abrir mais espaço para o modal ferroviário, não só para açúcar, mas, também, para grãos. Reduz emissão e custo e fortalece uma cadeia mais sustentável”, afirma o gerente de Operações de Portos e Terminais, Leandro Camporez.
 
Melhorias pontuais estão sendo implementadas em busca de eficiência nos processos operacionais, a fim de aumentar a capacidade de movimentação por trilhos, sobretudo no Terminal Açucareiro Copersucar (TAC), instalado no Porto de Santos (SP).
 
Para reduzir o tempo de descarregamento dos vagões, cada etapa do processo foi reavaliada. Houve adequação do escoamento de açúcar nas moegas e padronização do escoamento de vagões, que aumentou a capacidade de estacionamento de 28 para 40 vagões. Hoje, descarregam em média 120 vagões por dia de açúcar e 160 de grãos.
 
A mudança de layout, realizada no final de 2018, aumentou em 34% a capacidade de recepção de grãos, sem reduzir a de açúcar. Se somar açúcar e grãos, a utilização do modal ferroviário aumentou a descarga em 10%.