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Governo do Maranhão e Tegram anunciam segunda fase

Fonte: EMAP - Porto do Itaqui (03 de setembro de 2020)


 
O Porto do Itaqui avança para um novo estágio de crescimento com a expansão do Terminal de Grãos do Maranhão e fortalece a sua importância como líder no escoamento da produção de grãos do Arco Norte do país. Com os investimentos do Consórcio Tegram no porto público maranhense, agora é possível realizar embarques simultâneos de grãos pelos berços 100 e 103, elevando a capacidade do Itaqui para movimentar 20 milhões de toneladas de grãos por ano, considerando também as operações da VLI no Berço 105.
 
O início das operações dentro desse novo momento foi anunciado pelo Governo do Maranhão e o Consórcio Tegram em entrevista coletiva realizada nesta segunda, 24, com a presença do governador Flávio Dino, do diretor do consórcio Tegram, Marcos Pepe Bertoni, e do presidente do Itaqui, Ted Lago.
 
“Tenho convicção de que a integração entre as ferrovias, rodovias e este vértice logístico que é o Porto do Itaqui, torna-o mais fortalecido e robusto com a segunda fase do Tegram”, afirma o governador Flávio Dino. “Agradeço a todos os investidores privados que são nossos parceiros e acreditamos que esse empreendimento dinamiza setores da economia maranhense e ajuda a gerar postos de trabalho, não só na produção de grãos, mas também na atividade logística e portuária”, completa.
 
As operações da segunda fase do Tegram começarão oficialmente com a atracação do primeiro navio no Berço 100, esperado para a próxima segunda, 31. O Consórcio investiu R$ 260 milhões nesta segunda fase do empreendimento. Somados ao aporte de recursos da primeira fase (R$ 600 milhões), o total investido é de R$ 860 milhões. A obra gerou cerca de 500 empregos e no pós-obra o terminal deve absorver mais de 100 novos trabalhadores.
 
“Esse investimento contemplou a duplicação da moega ferroviária, das esteiras de recepção da moega aos armazéns e dos armazéns até o berço 100 e de um shiploader de 3 mil toneladas/hora, que mais do que dobra a nossa capacidade atual”, informa Pepe Bertoni.
 
Julho recorde
O início desta nova etapa marca também o melhor julho da história do Porto do Itaqui. O total de cargas movimentado pelo porto público do Maranhão em julho atingiu a marca de 2,4 milhões de toneladas e ficou acima do recorde anterior, de 2018, quando passaram pelo Itaqui 2,3 milhões de toneladas de carga (ver tabela). Neste julho de 2020 também foram registrados recordes na movimentação dos granéis sólidos e nas cargas específicas de farelo de soja, milho, trigo e GLP.
 
“Estamos preparados para atender a expansão de nossa fronteira agrícola e a demanda mundial por proteína, que cresceu mais de 25% nos últimos anos e vai continuar crescendo”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
 
Desde 2015 foi implantado um modelo de governança focado na atração de investimentos privados no porto público. “Além dos grãos, com essa segunda fase do Tegram, temos investimentos em terminais de fertilizantes, celulose e granéis líquidos que somam R$ 1,4 bilhão, o que leva o Itaqui a um patamar ainda mais elevado de movimentação de cargas e de importância para o desenvolvimento do Maranhão e da região”, explica Lago.
 
A expectativa é fechar este ano com um volume superior a 8,3 milhões de toneladas de grãos, só o Tegram. De janeiro a julho o terminal movimentou 70 navios, 300 trens, 61 mil carretas e mais de 4,8 milhões de toneladas de grãos. “Esse é um marco importante para o Tegram, o Porto do Itaqui e todo esse grupo que trabalha por esse resultado superpositivo”, avalia Bertoni.
 
O início
O primeiro navio do Tegram, o Scythia Graeca, contratado pela norte-americana CHS, atracou no Porto do Itaqui em 10 de março de 2015. O carregamento de 66 mil toneladas de soja para a China marcou o início das operações do empreendimento. Exatos cinco meses depois o terminal foi inaugurado oficialmente, com a presença da então presidenta da República, Dilma Rousseff, e do governador do Maranhão, Flávio Dino, entre outras autoridades.
 
Na ocasião o governador ressaltou a importância estratégica do Porto do Itaqui como canal de escoamento do Arco Norte do país e o Tegram como marco logístico para o agronegócio brasileiro.
 
“O Terminal de Grãos do Maranhão é um projeto sonhado por muitas décadas e finalmente concretizado há cinco anos. A primeira fase foi tão exitosa que tivemos a antecipação dos investimentos necessários à ampliação e o Porto do Itaqui, portanto, se fortalece ainda mais como o grande porto da agricultura brasileira, especialmente do MATOPIBA, mas expandindo a sua área de influência para além desses estados”, diz Flávio Dino.
 
A estimativa na época da inauguração era de alcançar a capacidade de embarque de 10 milhões de toneladas na segunda fase. Cinco anos depois, com sucessivos recordes de movimentação e produtividade, a previsão agora é de chegar aos 15 milhões de toneladas/ano. No total, o Itaqui passa a ter capacidade para movimentar 20 milhões de toneladas, considerando o volume operado pela VLI no Berço 106.
 
O empreendimento
Marco logístico para o agronegócio brasileiro, o Tegram é uma das maiores obras de infraestrutura para a exportação da safra brasileira de grãos e tem beneficiado diretamente os produtores da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia) e do Nordeste de Mato Grosso. A proximidade do Itaqui com a nova fronteira agrícola do Brasil gera maior agilidade no escoamento da safra para mercados estratégicos, como o europeu e o asiático.
 
O consórcio que administra o Tegram é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte (ligada à trading NovaAgri, do grupo japonês Toyota Tsusho), Glencore Serviços (da trading Glencore), Corredor Logística e Infraestrutura (braço de logística do Grupo CGG, que tem ainda uma trading e produção de grãos) e ALZ Terminais Portuários (das tradings Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh Grain).