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Portuários de São Sebastião entram em greve a partir das 7 horas

Fonte: SINDAPORT (27 de agosto de 2020)


 
A partir das 7 horas desta quinta-feira, os portuários, empregados da Companhia Docas de São Sebastião, entram em greve por tempo indeterminado.
 
“Como não houve negociação, nosso único caminho é o movimento paredista. Informamos a empresa que continuamos receptivos a qualquer proposta do CODEC (Conselho de Defesa dos Capitais do Estado) para renovação do acordo coletivo de trabalho, ainda que seja apenas pela manutenção das cláusulas do acordo vigente e garantia da data-base”, afirma o vice-presidente do SINDAPORT, João de Andrade Marques.
 
O sindicalista explica que, durante o movimento grevista, “não haverá suspensão da prestação de serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”.
 
João de Andrade afirma que a paralisação vai atingir 120 empregados da Companhia Docas de São Sebastião. “Nossa greve é porque a empresa até agora não aceita negociar nossa data base 2020. Além disso, a Autoridade Portuária não cumpriu as sentenças referentes aos dissídios coletivos de 2018 e 2019”, ressalta.
 
Segundo o advogado do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), Eraldo Aurélio Rodrigues Franzese, o Tribunal Regional do Trabalho determinou reajuste salarial de 1,69% a partir de 01/05/2018 e 4,97% a partir de 01/05/2019. Mas até agora a Companhia Docas não atendeu as sentenças.
 
Como as determinações do TRT não foram cumpridas pela empresa, o SINDAPORT ingressou com ação de cumprimento para exigir a atualização dos salários e o pagamento das diferenças e de todas as verbas que são calculadas com base no salário. Essa ação de cumprimento corre pela Vara do Trabalho de São Sebastião.
 
AVISO
O SINDAPORT encaminhou ofício ao presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Paulo Tsutomu Oda, explicando a situação dos dissidios dos anos anteriores e o que deve ser pago aos trabalhadores.
 
“No documento solicitamos a manifestação da empresa quanto ao imediato cumprimento da decisão judicial com a correção dos salários e pagamento dos valores retroativos. E aproveitamos para solicitar que a Companhia Docas garanta a data base e a manutenção de todas as cláusulas do acordo coletivo de trabalho por mais 60 dias, ou seja, até 30/09/2020. Mas não recebemos nenhum retorno”.
 
João de Andrade enfatiza que, ao invés, da Companhia Docas abrir a negociação, a empresa encaminhou ofício para o SINDICATO afirmando que 30% dos trabalhadores devem estar em atividade durante o movimento grevista. No documento também consta a lista de navios programados e previstos para operação no Porto de São Sebastião. “Se a empresa está tão preocupada com a movimentação das cargas, deveria pagar o que deve aos portuários e abrir a negociação da data base 2020”, ressalta.