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Navio Iron Trader é leiloado e deixará o Porto

Fonte: CODESA (25 de agosto de 2020)


 
Em decisão proferida na manhã de quarta-feira (19) pelo juiz trabalhista Marcelo Tolomei Teixeira, da 7ª Vara do Trabalho de Vitória, foi homologada “em caráter irrevogável”, a proposta de aquisição da embarcação penhorada Iron Trader, em favor da Sudeste Soluções Ambientais Eireli. O valor da compra em leilão foi de R$ 400 mil. O navio está atracado no Porto de Vitória desde 2015.
 
Com a decisão da justiça, a CODESA deixa de exercer o encargo de fiel depositária da embarcação, que fica agora sob responsabilidade da compradora, inclusive com a incumbência de retirada da embarcação do local. Porém, ainda estão sendo realizados os procedimentos necessários junto a Capitania dos Portos, que é a Autoridade Marítima.
 
O presidente da CODESA, Julio Castiglioni, ficou satisfeito com o resultado do processo envolvendo o Iron Trader. “Após cinco anos e oito meses, a Companhia deixa de ser responsável pela embarcação. Nossa equipe teve, durante esse período, trabalho árduo e técnico para resguardar os interesses da estatal enquanto fiel depositária. Ficamos felizes com o resultado, que contemplou a todos, sobretudo à tripulação do Iron Trader”, afirmou Castiglioni.
 
História
Fabricado em 1981 e com 78,7m de comprimento, o Iron Trader está atracado no berço 902 do Terminal de Granel Líquido (TGL), em São Torquato, Vila Velha. O navio fundeou na barra do Porto de Vitória em 30.11.2014, oriundo da costa leste da África. Atracou no berço 201, no Cais de Capuaba, em 14.01.2015 com anuência das autoridades marítima, portuária, aduaneira e da Polícia Federal, por “questão humanitária”. A embarcação estava desassistida de representação no porto e do próprio armador, e não recebia óleo combustível, água potável, assistência médica e alimentação para os nove tripulantes que também estavam sem receber salários.
 
Atracado, logo se iniciou o desembarque de carga geral (239.430 toneladas), cuja operação foi cercada de segurança máxima por parte da PF, Alfândega e Guarda Portuária. O destino da carga, de equipamentos e materiais industriais elétricos, era o estado de Pernambuco.
 
Em 29.01.2015, o navio manobrou para o berço 902, no Terminal de Granel Líquido (TGL), em São Torquato, Vila Velha, onde está até hoje. Em maio daquele ano, a Justiça do Trabalho nomeou a CODESA como fiel depositária da embarcação, até que a questão trabalhista fosse resolvida entre a tripulação, o armador do navio e o agente. Em tese, o arresto era uma garantia, já que o navio não poderia deixar o porto sem que o armador, a empresa Iron Group Inc. Turquia, pagasse as dívidas trabalhistas e as tarifas portuárias.