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Após 104 dias, cidade de São Paulo reabre bares, restaurantes e salões de beleza nesta segunda com restrição de horário

Fonte: G1 (06 de julho de 2020)

Pessoas são vistas usando máscaras em frente a bar fechado no Centro de São Paulo (SP), na sexta-feira (3) — Foto: Rogério Galasse/Estadão Conteúdo


 
A cidade de São Paulo reabre com restrições nesta segunda-feira (6) os bares, restaurantes e salões de beleza, após 104 dias fechados para atendimento aos clientes por conta da quarentena. A capital foi classificada na fase amarela do plano estadual de flexibilização gradual da economia, que autoriza a reabertura destes setores.
 
O prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou neste sábado (4) os protocolos que definem as regras para a ampliação da reabertura. Atividades que já estavam liberadas na fase laranja como shoppings também tiveram autorização para ampliar o horário de funcionamento.
 
Regras para bares e restaurantes
O decreto publicado pela Prefeitura de São Paulo estabelece que os bares e restaurantes podem funcionar por 6 horas diárias. Para a prefeitura, esses estabelecimentos poderiam funcionar até as 22h, porém o decreto do estado, que prevalece sobre o municipal, estabelece o limite de horário até 17h.
 
As praças de alimentação de shoppings são exceção, e a prefeitura conseguiu vincular seu horário ao dos shoppings, que estão autorizados a funcionar das 6h às 12h ou das 16h às 22h.
 
Veja abaixo as principais determinações do protocolo:

  • Ocupação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento
  • Distância de 2 metros entre as mesas e de 1,5 metro entre as pessoas
  • Máximo de 6 pessoas por mesa
  • Proibição de consumo nas calçadas
  • Atendimento deve ser feito apenas para clientes sentados
  • Uso obrigatório de máscaras por clientes e funcionários no estabelecimento. (Apenas quando estiver sentado em sua mesa, o cliente poderá deixar de utilizar a máscara)
  • Proibição de aglomerações
  • Disponibilizar álcool gel para higienização das mãos
  • Barreiras de acrílico devem ser instaladas nos caixas e balcões de alimentos
  • Temperos e condimentos devem ser fornecidos em sachês
  • Cardápios deverão ser disponibilizados digitalmente ou em quadros na parede
  • Funcionários devem usar máscaras, viseiras de acrílico e luvas
  • Pratos, copos e talheres devem ser higienizados
  • Guardanapos de tecido estão proibidos
  • Ambiente deve ser submetido a um intenso processo de limpeza
  • Funcionários que apresentarem sintomas de síndrome gripal devem ser testados
  • Apoio a colaboradores com dependentes no período em que creches e escolas estiverem fechadas

 
Regras para salões de beleza
No protocolo publicado neste sábado (4) pela Prefeitura de São Paulo também constam as regras para o funcionamento dos salões de beleza. Veja as principais:

  • Ocupação máxima de 40% da capacidade
  • Uso de máscara obrigatório para funcionários e clientes
  • Distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas
  • Atendimentos devem ser agendados, evitando fila de espera
  • Atendimento deve ser individual e com capacidade reduzida
  • Margem de tempo entre atendimentos para que ambiente e equipamentos sejam higienizados
  • Cliente nunca deve ser atendido por mais de um profissional simultaneamente
  • Destinar horário exclusivo para clientes acima de 60 anos ou com comorbidades
  • Cliente deve passar por triagem para avaliar se apresenta sintomas
  • Medir a temperatura de funcionários
  • Atendimentos a domicílio são permitidos, desde que os protocolos de higiene sejam seguidos

 
Como fica o comércio
A capital paulista começou o Plano São Paulo diretamente na fase 2- laranja, que significa a possibilidade de abertura econômica de alguns setores, com restrições.
 
Com isso, o comércio de rua e os shoppings foram reabertos no dia 10 de junho, com horário de funcionamento de 4 horas diárias. Agora, na fase 3- amarela, as lojas podem funcionar por 6 horas diárias.
 
O mesmo vale para os escritórios, concessionárias e imobiliárias, que também foram liberados na etapa anterior do plano de reabertura econômica.
 
Academias e setor cultural: falta regulamentar
Na sexta-feira (3), o governo paulista também autorizou a reabertura de teatros, cinemas, salas de espetáculo, realização de eventos culturais e academias de ginástica para regiões que estejam na fase amarela do plano de flexibilização gradual da quarentena no estado.
 
No entanto, a reabertura do setor cultural só poderá ocorrer se a região apresentar estabilidade de 4 semanas na fase amarela. Se a capital paulista se mantiver nesta fase, a previsão é a de que reabertura ocorra no dia 27 de julho.
 
Já as academias têm autorização estadual para reabrir a partir de segunda-feira, mas a volta do funcionamento depende de assinatura de protocolos pelas prefeituras e ainda não há previsão de data para que isso ocorra na capital.
 
A quarentena que visa conter o avanço do novo coronavírus começou no dia 24 de março, quando o governo do estado determinou que continuassem abertos somente setores considerados essenciais: saúde, transporte, segurança, limpeza pública, indústrias, bancos e telemarketing.
 
Em 1º de junho, o governo iniciou o chamado Plano São Paulo para a reabertura gradual das atividades econômicas em fases. O estado foi dividido de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS) e a Grande São Paulo foi subdividida em outras 6 microrregiões. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente de acordo com a classificação das regiões por cores.
 
Os cinco critérios de saúde que baseiam a classificação são: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs); total de leitos por 100 mil habitantes; variação de novas internações, em comparação com a semana anterior; variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior; variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
 
Os critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:
Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
Fase 2 – Laranja: Controle
Fase 3 – Amarela: Flexibilização
Fase 4 – Verde: Abertura parcial
Fase 5 – Azul: Normal controlado
 
Na sexta-feira (3) a cidade de São Paulo e 14 municípios da Grande São Paulo se mantiveram na fase amarela. Já a região de Campinas foi rebaixada para a fase vermelha, mais restrita, devido à piora nos indicadores de saúde.
 

Divisão das regiões do Estado no Plano São Paulo na 5ª fase de atualização — Foto: Divulgação/Governo de SP