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Apenas 5% dos práticos foram infectados pelo coronavírus

Fonte: Praticagem do Brasil (02 de julho de 2020)

Graças ao zelo da Marinha que permitiu a evolução do serviço de praticagem até o estágio atual e à antecipação da Praticagem do Brasil ao problema, a pandemia da Covid-19 não afetou a condução de navios em águas restritas no país. Dos 635 práticos brasileiros, apenas 5% foram infectados pelo coronavírus.
 
Foi o que informou, na última sexta-feira (26/6), o prático Otavio Fragoso, vice-presidente do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra). Ele participou da primeira live no Instagram da Praticagem do Brasil; com o presidente da entidade, prático Ricardo Falcão.
 
Segundo Otavio, mesmo antes do reconhecimento da doença como pandemia, a praticagem começou a adotar protocolos de uso de equipamentos de proteção individual e higienização de suas lanchas; de maneira a se proteger e evitar a entrada do vírus no país. Isso porque a China, onde começou a doença, é um dos principais parceiros do comércio marítimo brasileiro. Além disso, boa parte das embarcações no mundo tem tripulação asiática.
 
– No início da pandemia, havia a preocupação de não nos transformarmos em vetores da doença para dentro do país. Hoje, com o avanço do coronavírus no Brasil, a situação se inverteu. As tripulações estrangeiras estão mais preocupadas em não contrair a Covid-19 e nós, em não nos contaminar, nem contaminar ninguém.
 
As empresas de praticagem seguem protocolos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), embarcando com equipamento completo de proteção quando há casos suspeitos ou confirmados a bordo. Do contrário, o embarque é com luvas e máscara. Os procedimentos gerais foram padronizados pelo Conapra, a partir de orientação do setor de infectologia do Hospital Naval Marcílio Dias.
 
Em relação à escala de trabalho dos práticos, Otavio disse que, no começo, foi necessária uma revisão, de forma a se antecipar aos possíveis problemas e manter o serviço permanentemente disponível aos armadores, mesmo afastando os profissionais do grupo de risco. Atualmente, a escala já funciona nos moldes originais, em todas as zonas de praticagem (ZPs).
 
Ricardo Falcão lembrou que o país é o terceiro do mundo em número de práticos, com 635, e que a quantidade é satisfatória mesmo em situações de pico de atendimento. Em primeiro lugar, aparece os Estados Unidos, com 1.200 práticos, e depois a Alemanha, com 745.
 
– Apesar do número de 635 práticos frente ao tamanho do nosso país, não é algo desproporcional, até pela necessidade da profissão de estar sempre manobrando com regularidade para manter a qualificação exigida nas Normas da Autoridade Marítima para o Serviço de Praticagem (Normam-12) – afirmou Falcão, ressaltando que cabe à Marinha definir a lotação em cada ZP.
 
Assista à live em: https://www.instagram.com/tv/CB6goLeA-TW/?hl=pt-br