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ATP: Praticagem tem sido parceira no aumento do calado na Barra Norte

Fonte: Praticagem do Brasil (22 de junho de 2020)

Em live realizada, na última terça-feira (16/6), por um curso da área marítima, o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, destacou a participação da praticagem nos ganhos de calado na barra norte do Rio Amazonas.
 
Em 2018, o calado máximo autorizado pela Marinha passou de 11,50 metros para 11,70 metros, após fase de testes. Em março deste ano, a Autoridade Marítima autorizou novos testes para o aumento do calado para 11,90 metros, uma conquista que conta com o suporte de dados da batimetria e tábua de marés da praticagem.
 
– A informação da praticagem é extremamente importante e ela tem sido parceira nesse aumento de calado, sem dúvida nenhuma – afirmou o diretor-presidente da ATP.
 
O escoamento de grãos do Centro-Oeste pela barra norte do Amazonas vem crescendo a cada ano e 20 centímetros a mais em um navio da classe Panamax representam uma carga adicional de 1.800 toneladas, lembrou Murillo Barbosa:
 
– Para um navio que sai dali para a China é extremamente expressivo em custos logísticos. Com 11,50 metros, os navios do tipo Panamax saíam carregados com 80% da capacidade. Com 11,70 metros, já melhorou um pouco.
 
Chegar aos 12,50 metros de calado não é uma realidade distante, com base na experiência da Praticagem do Amapá, e talvez seja possível atingir até os 13,30 metros navegando-se apenas em água, pois na barra norte existe o chamado arco lamoso; um trecho de 20 milhas que requer uma navegação de extrema precisão para a embarcação não tocar o fundo.
 
Para o diretor-presidente da ATP, alcançar os 13,30 metros seria o ideal, pensando-se no pleno carregamento de um Panamax, algo que ele acredita talvez só ser possível com intervenção mecânica ou navegando-se na lama fluida.
 
– No meu entendimento leigo e de oficial de Marinha, acho que poderíamos navegar até tangenciando a lama. Mas os práticos dizem que só essa navegação tangenciando a lama já é prejudicial à manobrabilidade. Eu não posso de maneira nenhuma contestá-los nisso, mas, como a lama não apresenta risco de danos à estrutura do navio, acho que poderíamos navegar com pé de piloto menor possível, talvez não chegando a tangenciar, mas que ficasse em 20 centímetros, para aproveitarmos o máximo. Mas só a continuidade dos estudos vai dizer.