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Dólar sobe a R$ 4,37 por temor de que coronavírus afete resultado de empresas; Bolsa avança

Fonte: O Globo Economia (19 de fevereiro de 2020)

Cédulas de dólar, a moeda oficial dos Estados Unidos Foto: Stephen Hilger / Bloomberg


RIO — Ainda sob o efeito das possíveis implicações do coronavírus na economia e refletindo as declarações do BC sobre câmbio, o dólar comercial opera com alta de 0,31%, valendo R$ 4,37. Na Bolsa, o Ibovespa (índice de referência da B3) registra ganhos de 0,88%, aos 115.990 pontos, influenciado pelos balanços corporativos.
 
Na véspera, o dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a 4,358 reais, novo recorde nominal para um encerramento de sessão.
 
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— As preocupação sobre o impacto do surto de coronavírus seguem no radar dos investidores nesta quarta. Ontem, por exemplo, foi o pior fechamento do dólar contra o real da história — avaliou Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset.
 
Os analistas também seguem monitorando a atuação do Banco Central brasileiro. Eles aguardam uma possível nova intervenção da autoridade monetária no câmbio. Na semana passada, o BC injetou US$ 2 bilhões após a moeda atingir a máxima intradiária de R$ 4,38.
 
Porém, essa perspectiva de uma nova rodada de intervenção por meio de contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda de dólar no futuro) ficaram mais reduzidas, na leitura dos analistas.
 
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O que explica esta avaliação é a declaração do diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, de que a autoridade monetária não tem um nível de câmbio, que o dólar flutua e vai para onde tiver de ir.
 
Também pesa no desempenho da moeda americana os rumores a respeito da saída do minstro Paulo Guedes do comando da pasta da Economia em meio às recentes polêmicas. Mas o presidente Jair Bolsonaro saiu na defesa de Guedes e disse que ele permanece no cargo “até o final”.
 

Destaques da Bolsa

O destaque de alta fica por conta da fabricante de equipamentos WEG, que sobe 7,81% neste pregão. No quarto trimestre de 2019, o lucro líquido da WEG avançou49%, para R$ 500,5 milhões.
 
Também na esteira dos balanços, a IRB Brasil, empresa do ramo de seguros, registrou lucro líquido de R$ 1,76 bilhão em 2019, alta de 44,7% na comparação com o ano anterior. Este resultado, que foi divulgado após o fechamento dos mercados na terça, faz com que as ações da empresa subam 5,4% nesta sessão.
 
A Marfrig, que ainda vai divulgar seus números nesta quarta, sobe 4,23%.
 
Maior empresa da Bolsa, a Petrobras também apresenta seu balanço nesta quarta, após o fechamento dos mercados. Com a expectativa sobre os número, somada à alta de 1,56% no preço do barril de petróleo tipo brent (negociado a US$ 58,65), as ações ordinárias (ON, com direito a voto) e preferenciais (PN, sem direito a voto) sobem, respectivamente, 0,38% e 0,5%.