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Marinha intensifica fiscalização náutica

Fonte: A Tribuna (02 de janeiro de 2020)

Mais de 250 militares iniciaram, na última sexta-feira, um revezamento a bordo de 27 embarcações (Reprodução)


A fiscalização náutica será intensificada até 18 de março, quando termina a Operação Verão da Marinha do Brasil. Mais de 250 militares iniciaram, na última sexta-feira (20), um revezamento a bordo de 27 embarcações da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP).
 
Durante a operação, está previsto aumento de abordagens às embarcações. As equipes da Autoridade Marítima verificam equipamentos e documentações, inclusive as dos condutores. Na edição passada, entre os dias 22 de dezembro de 2018 e 10 de março deste ano, os militares realizaram 3.823 fiscalizações e aplicaram 491 notificações. Outras 49 embarcações foram apreendidas.
 
Segundo o capitão de mar e guerra Daniel Rosa Menezes, comandante da CPSP, cerca de 50 militares foram transferidos temporariamente para o Porto de Santos. Eles foram deslocados de São Paulo e do Rio de Janeiro para atuar na fiscalização das praias.
 
Neste ano, mais embarcações farão a patrulha. No ano passado, 13 barcos foram destacados para o serviço. Até março, serão 27.
 
Entre elas estão dois navios-patrulha, o Guajará e o Guaporé, dois avisos-patrulha, Barracuda e o Espadarte, além de uma lancha blindada, a Mangangá, conhecida como Caveirão do Mar. Todos fazem parte da frota do Grupamento de Patrulha Naval Sul Sudeste (GPNSS).
 
Nas praias, os oficiais vão checar a habilitação de condutores e a documentação das embarcações. Serão vistoriados, ainda, os materiais de segurança, como coletes salva-vidas, extintores e luzes de emergência.
A CPSP irá verificar o estado de conservação das embarcações e a lotação dos barcos. O consumo de bebidas alcoólicas pelos condutores (que é proibido) também terá atenção. Para isso, serão utilizados etilômetros (bafômetros) nas abordagens.
 
Ocorrências 
Segundo a CPSP, naufrágios, abalroamentos e quedas de passageiros na água estão na lista dos principais acidentes registrados, assim como incêndios e colisões.
 
“Há também pessoas pilotando sem habilitação específica, no caso de motos aquáticas. É preciso um treinamento adequado, caso contrário a embarcação é apreendida e o condutor autuado”, destacou o comandante da CPSP.
 
O oficial aponta, ainda, a fiscalização da distância entre embarcações e banhistas. Para garantir a segurança, ela precisa ser maior do que 200 metros.
 
Neste ano, após os vazamentos de óleo no litoral brasileiro, um dos focos da Operação Verão será o combate à poluição.
 
“Às vezes, há excesso de óleo ou vazamento nos motores que podem poluir o mar. Então, também vamos reforçar esse aspecto para evitar mais este problema”, explicou o capitão dos portos.