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Relações entre Brasil e China podem ampliar comércio de frutas

Fonte: Portos e Navios (29 de novembro de 2019)

Arquivo/Divulgação


A Maersk avalia que as negociações comerciais entre Brasil e China aumentaram a expectativa de crescimento do setor de frutas, tanto na exportação quanto na importação. O gerente de produtos da Maersk para a costa leste da América do Sul, Matias Concha, explicou que o Nordeste deve ser a região mais beneficiada caso o país passe a exportar frutas como o melão, que é produzido em estados como Ceará e Rio Grande do Norte. A empresa também enxerga potencial para importação de pêras do país asiático.
 
Após reuniões entre os presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping em Pequim, em outubro, e a cúpula dos BRICS em Brasília, no início de novembro em Brasília, a avaliação é que o governo se concentrou em aumentar o comércio com o país asiático. O Brasil assinou nove protocolos com o governo chinês, incluindo um de frutas, envolvendo importação de pêra para o Brasil e exportação de melão para a China.
 
A Maersk identifica que, há muito tempo, os produtores da região tentam aumentar as exportações para a China, porém é um comércio muito disputado, pois o país mais populoso do mundo geralmente compra frutas dos países vizinhos da região Ásia-Pacífico. “Damos boas-vindas a passos como este em direção a maiores acordos comerciais entre o Brasil e a China, incluindo o fortalecimento e a diversificação da cooperação”, disse o diretor comercial da Maersk para a costa leste da América do Sul, Gustavo Paschoa.
 
As importações da Ásia cresceram 16% no terceiro trimestre frente ao mesmo período de 2018 e 15% em relação ao segundo trimestre. No entanto, os bens de consumo do Oriente Médio e da África caíram 9% e 13%, respectivamente. Segundo relatório trimestral da Maersk, os volumes asiáticos são impulsionados por produtos e aparelhos eletrônicos da China, enquanto as importações europeias são principalmente fertilizantes e cerâmica para o Brasil.