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Santista demonstra otimismo com a melhora da economia

Fonte: A Tribuna (14 de outubro de 2019)

Santista crê na recuperação econômica do País, e que isso se refletirá na Cidade e na vida pessoal (Carlos Nogueira/AT)


Os santistas estão otimistas quanto à melhora da economia do País, da Cidade e da própria situação financeira, segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT). Dos 800 entrevistados, entre 1 e 2 de outubro, 68% acreditam que Santos terá um desenvolvimento econômico melhor, enquanto 6,4% apostam na piora. Para 20,6%, a situação continuará igual e 5% não souberam responder.
 
A opinião da população se mostrou semelhante quando as mesmas perguntas colocavam em foco a economia do Brasil e a vida econômica pessoal em 2020. Em relação à primeira, 61% entendem que vai melhorar, 19,9% disseram que a situação será a mesma, 11,8% apostam em um declínio e 7,3% não souberam definir.
 
Os dados mais otimistas, porém, foram em relação a própria situação econômica, com 69,1%. De acordo com o coordenador do IPAT, Alcindo Gonçalves, a pessoa sente que está no controle e pode superar as dificuldades, ainda mais neste momento em que há uma melhora na economia.

“O resultado tem a ver com certo esgotamento do ciclo de crise que a gente viveu. Passamos por uma crise muito profunda, que começou no final de 2014 e se prolongou seguramente até 2016 e 2017. O que as pessoas conseguem perceber é que a situação tem melhorado, ainda que de maneira gradual e tímida, mas tem melhorado, e isso é inegável”, diz Gonçalves.
 
Perfil
A pesquisa ouviu 800 pessoas, sendo 357 homens e 443 mulheres, a partir dos 16 anos, com nível escolar entre o fundamental incompleto e superior completo.

Os entrevistados foram abordados nos bairros da Orla, Zona Noroeste e Morros e da Zona Intermediária, que abrange Campo Grande, Encruzilhada, Estuário, Jabaquara, Macuco, Marapé, Vila Belmiro, Vila Mathias e Vila Nova.
 
Neste quesito, inclusive, a região que mostrou maior otimismo em todos os panoramas foi a Intermediária: melhora da economia no Brasil (63,7%), em Santos (71,7%), vida pessoal (71,7%).
 
Os moradores da Orla acreditam mais no desenvolvimento do País (63,1%) e da economia em casa (70,2%), enquanto quem vive nos Morros e Zona Noroeste aposta no cenário da Cidade (67,8%).

 
Mulheres e faixa etária
No balanço entre homens e mulheres, elas demonstraram maior otimismo sobre a economia em todos os níveis, como aponta o gráfico. De acordo com Gonçalves as mulheres tendem a ser mais tolerantes e confiantes.
 
A esperança que sobrou no exemplo acima faltou para aqueles que têm mais de 65 anos. Só 50% desse público acredita que a situação vai melhorar no País, as respostas acompanharam a expectativa para a Cidade (56,5%) e a própria condição financeira em 2020 (52,9%).
 
“Os mais velhos geralmente são menos otimistas e esperançosos, mas o resultado tem a ver principalmente com a questão econômica. Quem tem mais de 65 anos geralmente é aposentado e pensionista e não tem mais capacidade de fazer planos e melhorar financeiramente”.
 
Em contraponto, as demais faixas etárias apresentam um otimismo que beira ou ultrapassa os 70%.
 
Renda mensal
Os entrevistados com maior renda demonstraram um maior otimismo. Os indicadores, inclusive, apontam para um crescimento gradual, conforme aumentam os valores recebidos.
 
“Quem ganha mais tem uma situação financeira mais estável, está menos desesperado e pode se permitir ser mais otimista. O cenário só muda quando entra a expectativa de crescimento pessoal, de melhora econômica. Nesse caso, quem recebe menos, tem mais esperança”, diz Gonçalves.