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PORTOS RS buscam ampliar qualidade e competitividade da hidrovia

Fonte: Portos & Mercados (14 de outubro de 2019)

O Contesc está operando com duas barcaças (Trevo Roxo e Guaíba) em quatro viagens por semana. Em cada viagem é possível em média carregar 150 TEUs


O superintendente dos Portos RS Fernando Estima esteve reunido com o secretário extraordinário de Parcerias Bruno Vanuzzi na tarde de quarta-feira, 09, em Porto Alegre. O assunto foi a modelagem de uma PPP para a manutenção da hidrovia gaúcha que está sendo estudada entre a Secretaria, Portos RS e o BNDES. Os Portos RS estão realizando um intenso trabalho para intensificar e ampliar a movimentação de cargas por esse modal.
 
A hidrovia do Rio Grande do Sul possui mais de 700 km de vias navegáveis que precisam de constante monitoramento e sinalização. “Existem inúmeras possibilidades para a zona produtiva do Estado utilizarem a hidrovia. Isso é redução de custos logísticos em que ganha toda a sociedade gaúcha”, afirma o superintendente Fernando Estima. Entre essas opções, principalmente para a zona produtiva da serra gaúcha está o Terminal Santa Clara – Contesc – operado pelo Grupo Wilson Sons.
 
O Contesc está operando com duas barcaças (Trevo Roxo e Guaíba) em quatro viagens por semana. Em cada viagem é possível em média carregar 150 TEU. Nesse processo, há uma redução do custo logístico que pode chegar a cerca de 20% para determinados tipos de cargas. O tempo de deslocamento da carga entre o Contesc e o Tecon é de cerca de 24 horas de navegação.
 
O meio ambiente também é impactado com a mudança do modal logístico. Passando a movimentação para a hidrovia há uma redução de emissão de CO2 no ambiente, pela diminuição do número de caminhões na rodovia. Com essa operação, por mês, são menos 1,5 viagens de caminhão na rodovia. O que não impede o trabalho dos caminhoneiros que passam a realizar trabalhos com trechos menores, ganhando em qualidade de vida.
 
Outro bom exemplo do uso hidroviário é o ciclo da CMPC Celulose Riograndense. A mesma barcaça que opera celulose de Guaíba a Rio Grande, retorna com madeira bruta de Pelotas a Guaíba, o que garante melhor produtividade para a embarcação. Não somente a madeira, celulose e o container são opções para a hidrovia, outros produtos podem ser mais bem aproveitados nesse modal, garantindo ainda mais competitividade ao Estado.
 
Por fim, Estima ressalta que a modelagem que está sendo desenvolvida garantirá uma autossuficiência a manutenção da hidrovia e ampliará ainda mais o seu uso. “As parcerias servem para gente alocar aqueles recursos que o Estado não teria sem a iniciativa privada em projetos prioritários ao desenvolvimento do Rio Grande do Sul. O potencial hidroviário que já opera bem ganhará ainda mais qualidade a partir dessa maior exploração utilização pelo setor produtivo”, conclui.