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Klabin compra fábrica da Heineken no CE

Fonte: Valor Econômico (16 de setembro de 2019)


Dalmasi, diretor de Embalagem: “ Ceará representa uma posição estratégica para atender outros mercados do NE e NO” — Foto: Divulgação


Maior produtora de embalagens de papelão ondulado e de papéis para embalagens do Brasil, a Klabin vai ampliar a capacidade de produção de caixas com a abertura de uma nova unidade fabril, no município de Horizonte (CE). Para abrigar a operação inicialmente voltada à conversão de papéis em embalagens, a companhia acaba de comprar uma antiga fábrica.Para abrigar a operação inicialmente voltada à conversão de papéis em embalagens, a companhia acaba de comprar uma antiga fábrica da Heineken, desativada pela fabricante de bebidas no fim de 2017.
 
Segundo o diretor de Embalagem da companhia, Douglas Dalmasi, o investimento inicial na nova unidade é de R$ 48 milhões, referente à aquisição das instalações industriais e em equipamentos para iniciar a conversão de caixas. Futuras etapas de expansão da fábrica, que fica na região metropolitana de Fortaleza, estão nos planos para o médio prazo, mas ainda não foram submetidas ao aval do conselho de administração.
 
Localizada a 90 quilômetros do porto de Pecém, a unidade industrial tem cerca de 35 mil metros quadrados de área construída e está instalada em um terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados, com infraestrutura disponível para início praticamente imediato de operação e para uma possível expansão.
 
O Valor informou na semana passada que a companhia planejava erguer uma nova unidade de embalagens na região e estava em negociações com governos do Vale do São Francisco e do Ceará. Segundo informações da mídia cearense, a Klabin já havia escolhido o estado. Uma fonte a par das conversas disse que o investimento no projeto deve chegar a R$ 500 milhões, incluindo uma máquina de papel reciclado. Dalmasi não confirmou a cifra de R$ 500 milhões e não forneceu detalhes sobre as próximas etapas planejadas.
 
A Klabin planeja já há algum tempo estabelecer-se também no Ceará, ampliando presença no Nordeste diante do potencial elevado de expansão da demanda de embalagens para frutas e alimentos e produtos industriais. Na região, a empresa tem fábrica de caixas de papelão com produção de papel reciclado na cidade de Goiana (PE), e uma unidade de conversão em Feira de Santana (BA).
 
“O Ceará representa uma posição estratégica para a Klabin atender outros mercados do Nordeste e do Norte do país”, explicou Dalmasi. A companhia conta com uma unidade de conversão de caixas em Manaus (AM) e agora vai reforçar sua presença no mercado compreendido entre o Ceará e a capital amazonense.
 
Segundo o executivo, uma vez que a fábrica de Horizonte já está pronta, a ideia é que a produção de embalagens tenha início em dezembro. O papel de fibra virgem usado na confecção das caixas virá da operação da própria Klabin em Santa Catarina e o papel reciclado será fornecido pela unidade de Goiana.
 
Quando o projeto Puma II entrar em operação, o que deve ocorrer a partir de 2021, parte do papel de fibra virgem produzido em Ortigueira (PR) poderá ser utilizada na unidade cearense. “Além do potencial do Estado [do Ceará],há uma grande convergência com os produtos da Klabin. Os mercados de frutas e alimentos exigem bastante fibra virgem e o Puma II permitirá presença maior nesses segmentos”, explicou Dalmasi.
 
Num primeiro momento, serão gerados entre 20 e 30 empregos. A Klabin já iniciou as tratativas com o governo do Ceará em torno de incentivos que, segundo Dalmasi, são bastante similares aos oferecidos por outros Estados para esse tipo de investimento.
 
A Klabin poderá divulgar até o fim do ano a capacidade de produção na nova unidade e as próximas etapas planejadas. Hoje, a companhia tem capacidade de produção total de 750 mil toneladas por ano de caixas de papelão e 175 mil toneladas anuais de sacos industriais.