Contêineres dobráveis: a inovação da Navlandis que visa solucionar o problema dos contêineres vazios
Foi a inovação a catapultar a empresa espanhola Navlandis para o estrelato e será a inovação a fazer desta a grande sensação de 2019 no contexto do setor do transporte marítimo de cargas: a empresa valenciana está prestes a lançar no mercado o conceito de contêiner dobrável, tal como revela uma reportagem efetuada, no arranque deste mês, pelo jornal espanhol ‘Valencia Plaza’. No centro das atenções está Miguel Navalón.
O CEO da empresa Navlandis mergulhou no processo de edificação deste novo conceito de contêiner em 2015, tentando dar solução para o problema da vasta quantidade de contentores que viajam vazios e do consequente espaço que ocupam nos navios e nos terminais. Miguel Navalón tentou encontrar a fórmula perfeita para reduzir o impacto gerado pelos contentores que, após ficarem vazios, continuam a ser um empecilho logístico.
Vislumbre do Porto de Valência fez despontar solução para os contentores vazios
A ideia de contêiner dobrável surgiu de uma conversa informal em que alguém frisava a quantidade de contentores vazios no Porto de Valência e se seria possível fazer algo sobre isso, revelou Navalón à publicação. Começou aí o objetivo de solucionar a questão: atualmente, o sistema da Navlandis foi patenteado em Espanha e está em processo de obtenção da patente internacional.
Após passar por várias fases de pesquisa e desenvolvimento e até de inclusão em programas de aceleração destinados a startups emergentes, a Navlandis já recebeu vários elogios por banda das transportadoras marítimas, interessadas neste novo conceito: O transporte marítimo tem um forte componente de emissões de CO2; o problema com a gestão de contentores reside no fato de 25% viajarem vazios e passa metade da sua vida útil em terra, à espera de serem recolhidos. Isso causa 200 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, explicou o CEO.
Menos CO2, menos espaço ocupado em terra e maior poupança
Ao sermos capazes de colocar cinco contentores no espaço de apenas um, reduzimos as despesas em cinco vezes no transporte e armazenamento, e, por ser dobrável, reduzem-se as complexidades das operações de carga e descarga. Estimamos economias de 30% para as empresas na gestão de contentores vazios e diminuir em 80% o espaço ocupado em terra, acrescentou Miguel Navalón. A tudo isto soma-se uma redução de 16% de CO2 do transporte marítimo na gestão e manuseamento de contentores vazios.
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