Maxwell Rodrigues entrevista o novo Presidente da Codesp Casemiro Tércio
O novo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, concedeu entrevista ao programa Porto & Negócios, que teve a estreia da temporada 2019 nesta última terça-feira (26). Entre os assuntos abordados, Tércio mencionou que entre os seus objetivos estão o novo modelo de gerenciamento da companhia e a infraestrutura que pretende implantar na sua gestão.
O apresentador do programa, Maxwell Rodrigues, colocou em pauta outro assunto que vem sendo debatido com bastante preocupação: a dívida do fundo de pensões da Portus. A privatização da companhia Docas também foi um dos assuntos abordados. Tércio falou também sobre saídas para o setor, como um pacto interfederativo que envolva responsabilidades articuladas nos âmbitos municipal, estadual e federal para um gerenciamento portuário que atenda aos interesses da sociedade.
Casemiro Tércio, que está há menos de um mês no cargo, acredita que o Porto de Santos precisa passar por um processo de modernização. ”Se depender apenas da minha vontade na estatal, políticos não poderão mais nomear funcionários, o quadro de empregados e de terceirizados será reduzido à metade, contratos serão renegociados e algumas áreas serão arrendadas ao setor privado”, afirmou.
A companhia tem 1,3 mil funcionários diretos e 900 indiretos (terceirizados). “É uma máquina muito inchada”, disse. O plano é reduzir o contingente em 50%, por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), Pelo menos 400 funcionários já estariam prontos para se aposentar e 200 esperam apenas que o Portus, o fundo de pensão dos funcionários, ache solução para um rombo de R$ 3 bilhões.
Outro eixo, de acordo com ele, são os arrendamentos de terminais existentes e a exploração de novas áreas para geração de recursos. Quatro áreas serão concedidas neste ano a empresas privadas, com investimento previsto de R$ 500 milhões. Tércio disse que o terminal de contêineres da Libra será relicitado, processo que deve ocorrer em um ano. O contrato termina em maio de 2020, mas ele acredita que o ativo será entregue antes.
Perguntado sobre qual seria o maior legado que poderia deixar em sua gestão, o presidente da Codesp respondeu que, nos próximos anos, não medirá esforços para que o Porto de Santos seja lembrado não apenas por sua extensão, mas sim como o melhor porto da América Latina.
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