Outra questão que está na pauta de Carvalho é o déficit da Usina Itatinga, responsável por fornecer a maior parte de energia elétrica ao Porto de Santos. Ele afirma que teve acesso a relatórios que mostram que a usina não consegue se recuperar financeiramente com a venda de energia.
“Se isso for verdade, de fato, a ideia é fazer um chamamento oferecendo um contrato de longo prazo para consumo de energia para a comunidade portuária. E fazer uma espécie de leilão de energia para o porto. Eu levanto o contrato, digo quanto o porto consome e que estou disposto a pagar até tanto pela energia. Seria um leilão reverso”, afirma.
Após isso, o objetivo é explorar o potencial econômico do local de outra forma. “Pode se tornar uma área de visitação de ecoturismo, um hotel fazenda, um museu, enfim. O que não dá é continuar do jeito que está hoje. A gente tem um contrato de manutenção que é deficitário, não é eficiente”, completa.
Descentralização
Carvalho destaca que é preciso garantir que o corpo técnico da companhia dialogue com os sindicatos e a prefeitura e afirma que é favorável à descentralização da gestão do porto de Santos, ou seja, que decisões ligadas a interesses da região deixem de ser tomadas em Brasília e fiquem a cargo da diretoria executiva da Codesp.
“O que a gente precisa é saber o que é interesse nacional e o que é interesse local. A gente não pode esquecer que o Porto de Santos é um porto de interesse nacional. Ele atende uma carga que sai de Rondonópolis, no meio do mapa do Brasil. Então não pode dar as costas para o Brasil olhando só para a cidade de Santos. E eu também não posso dar as costas para o Brasil e olhar só para Santos”, diz.