Problemas estruturais e falta de regularização prejudicam funcionamento do Porto do Aninduba
Um dos principais locais para embarque e desembarque de cargas e passageiros na região do Projeto Agroextrativista (PAE) Lago Grande, em Santarém, no oeste do Pará, o porto da comunidade Aninduba tem apresentado problemas estruturais e a falta de regularização impede o desenvolvimento do mesmo.
O porto funciona de forma precária, embora apresente grande movimento. Essa questão, além da necessidade de regularização portuária, são objetos de procedimento instaurado na promotoria de Justiça Agrária de Santarém.
Para tratar de assuntos relacionados ao porto, o promotor de Justiça Tulio Chaves Novaes reuniu com órgãos e lideranças comunitárias no dia 31 de janeiro. Participaram representantes da prefeitura, câmara de vereadores, Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará (Arcon) e Federação das Associações de Moradores e comunidades do assentamento agroextrativista da gleba Lago Grande (Feagle).
O que ficou definido?
O promotor questionou como está o andamento do que está previsto em um termo de cooperação técnica formalizado em 2018 entre a Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará (CPH) e a prefeitura de Santarém, para a elaboração do projeto de engenharia civil e naval para a obra de construção do Terminal Hidroviário da Comunidade de Aninduba.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Vânia Portela, informou que a pasta não tem competência para licenciar o porto, que embora esteja irregular, é importante para a região. O representante dos moradores ressaltou que foi criado um grupo para coordenar o local, mas que precisam de recursos, pois o porto foi expandido sem planejamento e serve para o público em geral, com grande fluxo de pessoas e cargas, e riscos de acidentes pela falta de estrutura.

De acordo com a Arcon, há uma concessão de travessia para uma empresa, mas que o local não tem estrutura de porto. O promotor Tulio Novaes ressaltou que embora não tenha, funciona como tal e por isso é necessário uma junção de esforços para regularizar, de modo a evitar acidentes e se possível, sem necessidade de judicializar a questão. Também o Estado do Pará deve ser chamado à discussão, pois os problemas vão além do licenciamento e incluem a estrutura ao redor.
A promotoria vai solicitar informações ao Estado, por meio do Centro Regional do Governo em Santarém, sobre a execução do Termo de Cooperação Técnica. Também serão solicitadas informações sobre a natureza jurídica e o modo como foi feita a regularização do porto de Santana do Tapará, pela semelhança com Aninduba, em relação à rodovia de natureza estadual que liga esse porto à rodovia Translago. A próxima reunião deverá ocorrer na sede do Incra, em data a ser agendada.
Mais lidas
Os assistidos pelo Instituto Portus de Seguridade Social, o fundo de pensão dos portuários, obtiveram importante vitória na Justiça. O juiz José Alonso Beltrame Júnior, da 10ª Vara Cível de Santos, concedeu liminar em que determina a suspensão do aumento na contribuição dos participantes da ativa e aposentados. A ação civil pública foi promovida […]
Por causa da curvatura da Terra, a distância na qual um navio pode ser visto no horizonte depende da altura do observador. Para um observador no chão com o nível dos olhos em h = 7 pés (2 m), o horizonte está a uma distância de 5,5 km (3 milhas), cada milha marítima igual a 1.852 […]