Tietê-Paraná tem navegação mantida até 15 de dezembro
As chuvas das últimas semanas garantiram uma melhora no nível dos reservatórios que armazenam a água usada para a geração de energia elétrica. Com isso, o transporte de mercadorias pela Hidrovia Tietê-Paraná está mantido até, pelo menos, o dia 15 de dezembro. A questão será novamente avaliada pelas autoridades depois desse período.
O Departamento Hidroviário do Estado (DH) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) se reuniram na última quarta-feira (22) para definir a manutenção da cota dos reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos em 325,4 metros acima do nível do mar.
A perda de profundidade e a consequente paralisação das operações hidroviárias viraram uma preocupação para transportadores de cargas e especialistas em logística. O temor é de que se repita o problema que aconteceu em 2014, quando cargas tradicionalmente transportadas em barcaças (e depois, em trens) chegariam ao cais em caminhões, sobrecarregando o trânsito nos acessos ao Porto.
A Hidrovia Tietê-Paraná atende os estados de Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Sua extensão navegável chega a 2,4 mil quilômetros. Destes, apenas 800 quilômetros estão na área paulista, a mais industrializada e desenvolvida do País e onde está o maior porto da América Latina.
Grande parte das cargas que vão em direção a Santos são embarcadas em São Simão (GO) e transportadas em barcaças até Pederneiras (SP). De lá, continuam o trajeto até o cais santista de trem.
Desde o início do século, a Hidrovia Tietê-Paraná mais que quintuplicou sua movimentação de cargas – principalmente soja, milho e açúcar que partem das zonas produtoras e são embarcados no Porto de Santos. Em 2000, a via de navegação escoou um total de 1,7 milhão de toneladas. No ano passado, chegou a 8,74 milhões de toneladas.
Especialistas em logística apontam o transporte hidroviário como o mais limpo e barato para o deslocamento de cargas em grandes distâncias (acima de 600 quilômetros). A cada mil toneladas deslocadas por quilômetro, são gastos apenas quatro litros de combustível. Este consumo aumenta para seis litros quando é utilizado o modal ferroviário e sobe para 15 litros quando se trata do modal rodoviário.
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