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Produção industrial patina e encerra semestre errático

Fonte: Folha de S. Paulo (03 de agosto de 2017)

De acordo com a Folha de S. Paulo, a indústria confirmou no encerramento do primeiro semestre um comportamento errático, intercalando altas e baixas e com dificuldade para encontrar caminho sustentável de recuperação.
A produção industrial do país ficou estável em junho, após altas em abril (1,3%) e maio (1,2%), divulgou o IBGE nesta terça-feira (1º). Os aumentos se concentraram em setores que se beneficiam da exportação, como produtos alimentícios (4,5%), indústria extrativa (1,3%) e papel e celulose (1,2%).
Os bens de capital, que são as máquinas utilizadas nas linhas de produção e o principal termômetro de investimentos, tiveram aumento na comparação de maio e junho, de 2%. Segundo analistas ouvidos pela Folha, porém, a boa notícia vem em termos relativos, já que são principalmente equipamentos agrícolas, com foco na exportação.
Setores ligados à demanda interna, como derivados de petróleo (-1,7%), veículos automotores (-3,9%) e produtos de informática (-4,9%), permanecem com desempenho fraco. O cenário atual do mercado interno ainda não enseja mudança de patamar da produção da indústria, que atualmente está 20% menor do que a registrada em meados de 2013.
Na comparação anual, de junho com igual período de 2016, a indústria teve ligeira alta, de 0,5%, superando a expectativa de analistas, que previam queda de 0,3%.
A produção continua a oscilar entre os meses. Janeiro (1,6%), março (1,7%) e maio (4,1%) foram de altas, enquanto fevereiro (-0,6%) e abril (-4,4%) foram de quedas. Junho completa a segunda alta seguida, mas a variação foi tímida e concentrada em 13 dos 24 setores.
 
Reformas
Relatório do Itaú BBA diz que o resultado positivo de junho sugere que o impacto da incerteza política ainda é limitado e destaca a necessidade de se avançarem as reformas econômicas para uma retomada consistente do setor.
O Bradesco ressalta que o resultado indica a estabilização da produção, sem força, contudo, para mudar as previsões de queda para o PIB do segundo semestre.