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Codesp frustra empresários do Porto

Fonte: A tribuna (31 de julho de 2017)

De acordo com o jornal A Tribuna, no dia 28/07 a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), encaminhou uma batimetria a Autoridade Marítima. O problema é que se tratava do mesmo material entregue no último dia 7. Com isso, o calado   operacional não foi alterado, o que frustrou empresários e usuários do complexo.
“Eu não entendi porque fizeram isso”, afirmou o capitão de mar e guerra Alberto Jose Pinheiro de Carvalho, comandante da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Segundo o oficial, os esforços direcionados ao aprofundamento surtiram efeito apenas em uma parte do trecho 1 do canal de navegação que vai da Barra de Santos até o Entreposto de Pesca. Nesta região, a batimetria foi feita na última quarta-feira. Na parte mais externa do canal não houve um novo levantamento de profundidade e sem ter o que apresentar, a Docas encaminhou a mesma documentação à autoridade Marítima.
Em nota, o Sindicato dos operadores portuários do Estado de São Paulo (SOPESP) demonstrou sua “perplexidade” com a informação de que o calado não será alterado para 13,2 como havia sido prometido pela Docas.
“Esse quadro implicará em novos prejuízos financeiros, além de graves reflexos na imagem do Portos de Santos, com repercussão internacional. Sem dúvida, é uma situação inadmissível, principalmente em razão dos sérios problemas que ultimamente envolver o Porto de Santos, incluindo a dragagem de berços e bacias de evolução. ”
Para o SOPESP, o não restabelecimento da profundidade do canal de navegação reforça ainda mais a necessidade de mudança na forma de contratação da dragagem. “A permanência do quadro dramático envolvendo a dragagem do Porto de Santos com a agravante da frustração de vivida hoje (sexta), indica claramente que o governo federal precisa agir e reagir, pois as consequências afetam também a economia nacional, na medida em que o complexo santista é responsável por mais de 27% da balança comercial brasileira”.
A entidade defende a criação de um consórcio formado por arrendatários, operadores portuários, terminais privados e, possivelmente, a Docas, para cuidar da obra. Esta, segundo a entidade, é a única maneira de garantir o serviço no caís santista.“Há muito o Sopesp trabalha até mesmo em um modelo condominial de empresa para apresentação ao Governo federal com o objetivo de assumir a dragagem do Porto de Santos e resolver definitivamente o problema. ”