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Safra brasileira deve registrar recorde de 238 milhões de toneladas

Fonte: Estadão (09 de junho de 2017)

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio estima uma safra recorde de 238,6 milhões de toneladas em 2017, aumento de 29,2% em relação à produção de 2016, quando totalizou 184,7 milhões de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O montante foi ainda 2,4% maior que o previsto em abril, com 5,5 milhões de toneladas a mais.
A estimativa para a área semeada é de 60,9 milhões de hectares, 6,7% acima dos 57,1 milhões de hectares cultivados em 2016. Em relação à informação de abril, a área plantada aumentou 0,2%.
Arroz, milho e soja representam 93,4% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida.
A safra de arroz deve ser de 12,2 milhões de toneladas, 14,7% acima da produção verificada em 2016. Segundo o órgão, o clima foi benéfico às lavouras na atual safra. Além disso, não há “maiores problemas com o excesso de chuvas durante a colheita, o que deve deixar o produto com uma boa qualidade”.
A estimativa é semelhante a feita pelo 9º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que espera recorde de 234,33 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 25,6% (47,7 milhões de t) sobre o período anterior 2015/16 (186,61 milhões de t), que foi prejudicado pelo clima adverso. Em relação à previsão anterior, de maio (232,02 milhões de t), a estimativa é 1% maior, ou 2,32 milhões de t a mais.
Em comunicado, os técnicos da Conab afirmaram que os responsáveis pela supersafra atual foram o crescimento de área e das produtividades médias. A previsão é de ampliação de 3,7% na área total, podendo atingir 60,5 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno. A produtividade média das lavouras deve aumentar 21,1%, de 3.199 kg/hectares em 2015/16 para 3.874 kg/hectare na safra atual.
A produção da soja deve crescer 19,4% e atingir 113,9 milhões de toneladas, com ampliação de 1,9% na área plantada estimada em 33,9 milhões de hectares. Segundo a Conab, a colheita está finalizada nos principais Estados produtores.
No caso do milho, a primeira safra, em fase de conclusão de colheita, deve atingir 30,31 milhões de t (mais 17,7% ante o período anterior, quando a colheita foi de 25,76 milhões de t). A segunda safra, cuja colheita foi iniciada em alguns Estados, está estimada em 62,94 milhões de toneladas, cultivadas em 11,7 milhões de Hectares. Assim, a produção total de milho em 2016/17 deve alcançar 93,84 milhões de t, alta de 41%. Segundo a Conab, “milho e soja respondem por quase 90% dos grãos produzidos no País”.
O feijão primeira safra, que está no final da colheita, deve alcançar uma produção de 1,39 milhão de toneladas, resultado 34,1% superior ao produzido em 2015/2016. Já a segunda safra deve alcançar 1,31 milhão de toneladas, sendo 639,4 mil toneladas do grão cores, 208,6 mil toneladas do preto e 460,1 mil toneladas do feijão caupi. A produção do feijão total teve atingir 3,4 milhões de toneladas, numa área de 3,1 milhões de hectares.
As lavouras de algodão estão em fase de floração e frutificação e em boas Condições, conforme a Conab. A produção deve atingir 2,24 milhões de toneladas, das quais 1,49 milhão de toneladas de pluma, aumento de 15,4% em relação ao período anterior.
A colheita de arroz está avançada e as condições climáticas favoráveis ao longo de todo o ciclo devem resultar em 12,13 milhões de toneladas (aumento de 14,4% ante o período anterior).
A estimativa para a safra de trigo, cultura de inverno, é de redução na área plantada (menos 8,8%), estimada em 1,93 milhão de hectares “em virtude do preço do produto e aos estoques de ótima qualidade da safra passada”, diz a Conab. A produção deve atingir 5,21 milhões de t (queda de 22,6% ante 6,7 milhões de t em 2015/16).
A aveia, ao contrário do trigo, apresenta crescimento de área de 3,4%, podendo alcançar 301,5 mil hectares. A produção está estimada em 705,7 mil toneladas. Conforme a Conab, a pesquisa foi realizada no período de 21 a 27 de maio em todas as regiões produtoras, quando foram consultadas diversas instituições e informantes cadastrados em todo o País.